Ano 2020 D.C.

Às vezes ainda parece surreal, estamos a viver numa pandemia.

Aquilo dos filmes de ficção cientifica para o qual não tenho muita paciência, está a acontecer. O medo do contágio, as máscaras em todos o lado, o ficar refugiado em casa. Só não nos transformamos em zombies, para já.

No meio disto tudo tentámos viver o ano. Esperança à espera de uma vacina. E com medo, medo de apanhar o virus, medo de transmitir o virus. As palavras de 2020 para além de "corona", "covid-19", "covid" e tudo relacionado com isso foram: Esperança, medo, "vai ficar tudo bem".

Foi um ano duro, longo e estranho, tivemos saudades, muitas, das nossas pessoas, das férias "à vontadinha", dos convívios de verão numa esplanada ou churrascada, de simplesmente sair de casa, cruzarmo-nos com outras pessoas sem medo. 

O ano esta a acabar e é costume fazer uma reflexão sobre tudo o que aconteceu, o que fizemos e o que deixamos de fazer, mas sinto que este ano foi um ano de reflexão, ficamos bastante tempo em casa, em isolamento, tivemos bastante tempo para pensar... demasiado até. 

Sinto que estamos sedentos que este ano acabe, ansiamos 2021, como se fosse o terminar de um curso muito difícil e demorado, como se no bater das 12 badaladas ficássemos "diplomados" e o "covid" acabasse e pudéssemos voltao ao "normal" de 2019. 

Sinto que esperamos por 2021 como aquele filho que um casal, com o diagnóstico de infertilidade, quer tanto e agora conseguiu engravidar e anseia tanto que ele nasça logo, porque nem acredita que é real.

A vida de 2019 para trás nem parece real, será que a voltaremos a viver? Gostávamos tanto não é? Que o "covid" acabe, é o desejo em comum de todo o mundo, e é o que desejo. 

Feliz 2021 para todos!


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