O filme: Joker, a Solidão, o "não amor" e a loucura

Na ultima sexta-feira fui ver o Joker, não tinha visto o trailer, só sabia que era com o brilhante Joaquim Phoenix no papel principal. Há alguns dias vi que varias pessoas postaram nas redes sociais que era o dia da "saude mental", muitas pessoas incluindo eu há uns poucos de anos, pensam em falta de saude mental apenas como sendo "loucura". Cada vez vejo mais que vivemos numa sociedade de pessoas mentalmente esgotadas, sempre aflitas com o futuro, com o que os outros pensam, com que os outros fazem, se estamos "atrasados" se estamos na moda, se estamos no lugar certo, e mentalmente instáveis, solitárias no meio de tanta gente, sem amor, sem compaixão, devíamos ser mais cuidadosos com a. nossa saude mental do que com a física, principalmente dar atenção a crianças e adolescentes, cada vez mais há suicídios nestas taxas etárias, cada vez mais há depressões também, serão as redes sociais sempre a bombardear com ideias de sucesso erradas? serão os pais demasiados absorvidos com as tecnologias e os seus empregos e entendo os filhos com "coisas" como se estas substituíssem o amor? 
Depois de assistir ao filme Joker senti necessidade de falar um pouco sobre isto. 
Sem ser spoiler vou falar de algumas coisas sobre o filme. Durante todo o filme senti tristeza, mesmo outras pessoas rindo das cenas mais ridículas que o personagem principal acometia, eu só consegui ficar triste. Uma natureza crua e cruel paira no ar da cidade de Nova York. Senti que esta cidade é fria, crua, cruel e solitária. consegui imaginar milhares de velhinhos completamente sozinhos em apartamentos cadavéricos, como fantasmas a morrerem sem ninguém dar por ela até começar a cheirar a morto. numa cena inicial vemos que "a união faz a força", tal como o ditado popular o diz, e faz uma força do mal, cruel, sem compaixão, sem amor ao proximo, sem respeito, egoista, criado pela solidão de viver numa cidade tão cheia de gente e sem nenhuma humanidade. cada um por si, como numa selva. Houveram cenas em que me revolveram as entranhas, pensar nelas como a realidade para tantas pessoas... Demasiado duro viver assim. Hoje vemos o ódio gratuito nas redes sociais, tudo nos é válido com esta cena da liberdade. Até quando ser "livre" é um direito, e algo bom?

"Nem um minuto da minha vida fui feliz"  quantas pessoas no mundo poderão dizer isto? quantas podemos conhecer que possam senti isto e escondem-se atrás de um sozinho?Quantas poderão dizer que nunca se sentiram amadas, que realmente nunca foram amadas? como podemos nós gozar e maltratar o proximo gratuitamente? Como explica bem a frase que os nativos da língua inglesa dizem: "what's wrong with you?!" O que se passa nesta sociedade egoista que só vive para o seu nariz, só vive para realizar os seus sonhos e para ser feliz e se esta a c*gar para os outros e prefere estar camuflado num grupo, ser aceite, ainda que discorde do que fazem, do que dizem, do que pensam, tal qual cobardes com medo de ser o proximo alvo de gozação? Dá-me nauseas pensar em pessoas que não pensam pelos suas cabeças, que não tem ideais e vão tipo carneiros atras do rebanho... Neste filme pude ver o que a falta de amor e o crescer sem amor pode fazer a uma pessoa. Amem, amem mais, amem o próximo, o próximo és tu. 

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