o tempo.


há 16 anos tinha 16 primavera feitas, em Abril faria 17, o primeiro e único aniversário que passei sem a minha mãe. 

Mas não é sobre isso que eu quero falar, mas sim do tempo. Quando penso na minha vida, é como se passasse um filme em Quick Motion.

Conhecem aquelas imagens de nuvens a passarem muito rápido num céu azul. É isso que que imagino, não sei porque. Não, o meu 17º aniversário não me parece ter sido no outro dia, parece ter sido noutra vida, com outro eu, como se eu tivesse vivido a vida de outra pessoa. Ao mesmo tempo ainda no outro dia era natal em casa da minha avó e estava lá o meu avô que deixou de passar o natal connosco desde 1997. o tempo é relativo e a perceção do mesmo ainda mais. Prefiro não pensar nisso, É demasiado estranho. 

Acho estranho nascer depois do ano 2000, claro que é inevitável, mas pensar em escrever uma data de nascimento que não comece por 19.. é-me estranho. Talvez porque eu sempre escrevi assim e não há forma de mudar isso. Pensar que os meu filhos irão escrever isso também é estranho, embora também fosse inevitável. Acho que antes de pensar nisso, num imaginário eles escreveriam 19.. como eu, como a minha mãe, como a minha avó e como a minha bisavó. 

O tempo passa-nos entre os dedos, como água, como vento. Não o podemos parar, penso que já tenho 32 anos, a minha avó diria que só tenho 32 anos, eu começo a fazer contas e acho que daqui a nada acordo e tenho a idade da minha avó. 

Esta semana disseram uma coisa muito interessante que me fez pensar no tempo:
"todos os dias passa um ano". Explicando, hoje faz um ano que era dia 15 de Janeiro de 2019 e amanhã faz um ano desde 16 de janeiro de 2019. Deixou-me a pensar. Hoje passou um ano, amanhã outro ano... o que andamos a fazer todos os dias(anos)?

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